Zhao Tingyang
(CASS - China)
Palestrante
Zhao Tingyang
(CASS - China)
Zhao Tingyang é graduado pela Universidade de Renmin da China e pela Academia Chinesa de Ciências Sociais. Atualmente é professor no Instituto de Filosofia da Academia Chinesa de Ciências Sociais e é membro sênior da Universidade de Beijing e do Instituto de Pesquisa Berggruen. Seus trabalhos são principalmente sobre metafilosofia, ética e filosofia política. Zhao Tingyang é um dos mais expressivos representantes da filosofia chinesa do século XXI. Autor de vários livros e de dezenas de artigos publicados e traduzidos para várias línguas.
Em torno do livro Tudo sob o céu: o sistema Tianxia para uma possível ordem mundial
Nesta obra seminal para os dias de hoje intitulada "Tudo sob o céu: o sistema Tianxia para uma possível ordem mundial", Zhao Tingyang, um dos mais importantes pensadores da China atual, fornece uma interpretação filosófica profundamente original da história da China e, ao mesmo tempo, desenvolve uma proposta para o futuro da própria China e do planeta, a partir de referências da história do pensamento político chinês. Diante da constatação do fracasso da ordem mundial vigente, baseada no domínio bélico dos impérios dos últimos tempos, Zhao nos apresenta uma instigante proposta política de uma nova possível ordem, baseada na precedência ontológica da coexistência sobre a existência e, consequentemente na cooperação entre os povos.
O autor apresentará teses centrais de seu livro e a seguir teremos as intervenções de Robin Wang e Shuchen Xiang, duas importante interlocutoras de Zhao e conhecedoras de sua obra.
Robin R. Wang
Loyola Marymount University
Palestrante
Robin R. Wang
Loyola Marymount University
Robin R. Wang é Professora de Filosofia na Loyola Marymount University, em Los Angeles, e pesquisadora Berggruen 2016-17 no Center for Advanced Study in the Behavioral Sciences, Stanford University. Sua pesquisa e ensino têm se concentrado em Filosofia Comparativa, especialmente Filosofia Daoísta e Mulheres na Filosofia. É autora do livro bem recebido Yinyang: The Way of Heaven and Earth in Chinese Thought and Culture (Cambridge University Press, 2012) e de uma ampla gama de ensaios em revistas acadêmicas.
Xinsphere: Um Potencial Paradigma de Pensamento Planetário para o Século XXI
Os avanços tecnológicos, incluindo IA, algoritmos e outras inovações recentes, apresentam desafios significativos no mundo de hoje. Vários conceitos, como a noosfera, a tecnosfera e a infosfera, foram desenvolvidos para entender essa tecnologia em rápida evolução. Esta palestra apresenta o conceito de "xinesfera", fundamentado na filosofia e cultura clássicas chinesas. A xinesfera compreende dois componentes principais: xin (心), representando o coração/mente, e a esfera de qi (氣), um continuum em desdobramento, uma rede de relações e um paradigma que vê a experiência humana como uma teia complexa de conexões com todos os seres planetários.
Esta palestra definirá as três características fundamentais da xinesfera e explicará como ela aborda questões estruturais sobre a realidade por meio da unidade, conectividade e energia transformadora. Essas características destacam as forças autogeradoras e auto-organizadoras inerentes aos fenômenos complexos. A xinesfera nos desafia a nos engajar com um horizonte aberto que exige uma compreensão sutil e refinada para apreciar a sabedoria antiga e sua relevância no mundo contemporâneo impulsionado pela tecnologia.
Ao aplicar o conceito de xinesfera, podemos forjar uma conexão mais profunda entre a realidade, o corpo humano e a própria vida. A xinesfera revela que a vida humana não é meramente cogito, mas está enraizada em um bem-estar planetário que desafia as abordagens centradas no ser humano. Ela se entrelaça na constituição temporal, espacial e física do céu, da terra e das inúmeras coisas dentro dela. Refletir sobre a xinesfera facilita uma compreensão mais profunda tanto da humanidade quanto do mundo, oferecendo um potencial caminho para o pensamento planetário.
Andre Bueno
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Palestrante
Andre Bueno
UERJ - BRASIL
André Bueno é professor adjunto de História Oriental na Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Tem experiência na área de História e Filosofia, com ênfase em Sinologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Pensamento chinês, Confucionismo, História e Filosofia antiga, diálogos e interações culturais Oriente-Ocidente e Ensino de História. Ex-Diretor da Seção brasileira da Aladaa - Associação Latino Americana de Estudos Afro-Asiáticos; membro da Rede Iberoamericana de Sinologia [Ribsi] e representante no Brasil da International Confucian Association; membro da Red Sinolatina [Costa Rica], Red ALC-China [México] e diretor do Projeto Orientalismo [UERJ] para divulgação e pesquisa de culturas asiáticas.
O Novo Confucionismo no Século XXI: diversas origens, muitos sentidos
O Novo Confucionismo (Xin Rujia, também entendido como ‘Novo Academicismo’) é um movimento multifacetado e polissêmico que busca resignificar a existência do pensamento de Confúcio e de seus continuadores acadêmicos (Rujia) dentro da mundiviência chinesa, espalhando-se pela filosofia, história, política, entre outros muitos campos. É necessário analisar criticamente as diversas facetas dessa retomada, que invocam fontes, pensamentos e projetos bastante distintos. O Novo Confucionismo está longe de ser um movimento unificado, e encontra divergências bastante importantes no que diz respeito à invocação do passado e seus usos na contemporaneidade. Em nossa conferência, buscaremos apresentar e discutir algumas das principais linhagens desse movimento, a partir de estudos chineses recentes realizados tanto na China continental como em Taiwan e Hong Kong, e suas implicações para o futuro da filosofia chinesa.
Shuchen Xiang
Xidian University
Palestrante
Shuchen Xiang
Xidian University
Shuchen Xiang é a Professora de Filosofia Mt. Hua na Universidade Xidian, China. Ela é autora de Chinese Cosmopolitanism: The History and Philosophy of an Idea
(Princeton University Press, 2023), que ganhou uma Menção Honrosa no Asia and Asian America Section Book Award, American Sociological Association. Ela também é autora de A Philosophical Defense of Culture: Perspectives from Confucianism and Cassirer (State University of New York Press, 2021).
Tianxia e suas contrapartes descoloniais: o aprofundamento e a coexistência de todos os particulares
Esta palestra mostra que há semelhanças importantes entre a concepção de tianxia de Zhao Tingyang e o mundo descolonizado e pós-racial imaginado por pensadores decoloniais do sul global. Definida em termos de “internalização”, “relacionalidade” e “melhoria”, a lógica de tianxia que Zhao descreve é comparável à visão de uma ordem mundial não racializada de síntese cultural mútua da qual pensadores decoloniais como Frantz Fanon, Aimé Césaire, Édouard Glissant, Achille Mbembe e José Vasconcelos também falaram. Esta palestra também demonstrará como tianxia e suas contrapartes decoloniais imaginam “cosmopolitismo” e “multiculturalismo” de maneiras significativamente diferentes do modelo liberal ortodoxo. Enquanto o primeiro toma a síntese como normativa, o último toma a integridade como normativa. Concluiremos mostrando como o modelo de síntese tianxia-decolonial pode ser tratável em termos práticos.
Ellen Zhang
Universidade de Macau
Palestrante
Ellen Zhang
Universidade de Macau
Ellen Y. ZHANG possui um Ph.D. em Filosofia da Religião pela Rice University (EUA). Ela lecionou na Temple University (EUA) e na Hong Kong Baptist University (HK) antes de se juntar à Universidade de Macau em 2022. Atualmente, é Professora e Chefe do Departamento de Filosofia e Estudos Religiosos da UM. Suas áreas de pesquisa incluem filosofia da religião, filosofia chinesa (Daoísmo e Budismo) e estudos comparativos em filosofia, religião e ética. Ela publicou extensivamente em filosofia comparativa e ética aplicada (ética biomédica e ética militar). Atualmente, é editora-chefe do International Journal of Chinese & Comparative Philosophy of Medicine (HK) e faz parte do conselho editorial do Journal of Religious Ethics (EUA), do South China Quarterly (Macau) e do Chinese Medical Ethics (RPC). Ela também é pesquisadora no Centro de Ética Aplicada da HKBU e no Instituto de Estudos Avançados de Humanidades e Ciências Sociais da UM
Filosofia Comparativa: Métodos e Abordagens
A filosofia comparada sempre foi um tema controverso no meio acadêmico. Alguns estudiosos apontam que, no fim, toda filosofia não pode deixar de ser comparativa e que, portanto, a filosofia comparada como uma subdisciplina própria é um mito. Alguns preferem o termo "pensamento intercultural" em vez de filosofia comparada, para seguir um caminho não metafísico de interpretação. Esta apresentação explorará algumas questões-chave relacionadas a diferentes abordagens da filosofia comparada.
Manuel Rivera Espinoza
Universidad Católica de Chile
Palestrante
Manuel Rivera Espinoza
Universidad Católica de Chile
Manuel Rivera Espinoza é especialista em filosofia intercultural e comparativa, história intelectual e teoria decolonial, com foco especial no pensamento chinês antigo. Atualmente, é pesquisador de pós-doutorado da FONDECYT no Instituto de Estética da Pontificia Universidad Católica de Chile. Manuel é PhD em Filosofia pela Universidade de Macau. Ele publicou artigos e resenhas de livros em várias revistas e apresentou sua pesquisa em várias conferências e workshops internacionais. Ele é fluente em espanhol e inglês, tem conhecimento de chinês clássico e é membro ativo de várias associações acadêmicas relacionadas a estudos asiáticos.
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La charla presentará dos enfoques posibles para realizar una lectura decolonial del Zhuangzi: uno hermenéutico y otro comparativo. Nos centraremos en el segundo, específicamente en relación con el concepto de 'colonialidad del poder' de Aníbal Quijano. Nos preguntaremos: ¿qué ocurre cuando leemos el Zhuangzi desde esta perspectiva? ¿Es posible establecer un diálogo entre el Zhuangzi, Quijano y otros pensadores decoloniales? Estas serán las preguntas que guiarán el resto de la presentación.
Giorgio Sinedino
Universidade de Macau
Palestrante
Giorgio Sinedino
Universidade de Macau
Sinólogo e tradutor, GIORGIO SINEDINO (Doutor em Filosofia chinesa, China Renmin University; Mestre na mesma disciplina, Peking University) é professor na Universidade de Macau. Formado no Instituto Rio Branco, serviu na Embaixada do Brasil em Pequim entre 2005 e 2012. Exerceu funções no Gabinete do Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau entre 2014 e 2022. Participa de um conjunto de associações acadêmicas e culturais, de que se distingue a Associação Confuciana Internacional, o Conselho Mundial de Sinólogos e a Associação Chinesa de Tradutores.
Suas principais obras Analectos; Dao De Jing; Imortal do Sul da China, foram lançadas no Brasil (Editora Unesp), China (Edições em Língua Estrangeiras) e Portugal (LeVoir). Seu mais novo trabalho, Grito de Lu Xun: Tradução dramatizada e elementos de crítica está prestes a ser lançado (Editora 34). Ele está trabalhando em Entendendo Sunzi, com uma nova abordagem do pensamento militar chinês. Recentemente, recebeu grant para organizar uma edição anotada da História da Filosofia Chinesa de Feng Youlan
Filosofia chinesa” como prática e discurso: primeiras impressões sobre a trajetória intelectual de Feng Youlan (1895-1990)
Na minha apresentação, tratarei da “filosofia chinesa” como uma prática social inserida no processo histórico de modernização intelectual da China, concentrando-me em como ela está aliada e reflete discursos concretos de legitimação cultural/política. Numa perspectiva de longo prazo, a minha exposição enfocará o importante caso de Feng Youlan (1895-1990), a quem se pode atribuir a fundação da principal linhagem da “filosofia chinesa” na China continental.
No prólogo, problematizarei teoricamente como o pensamento chinês de uma forma geral depende de um discurso legitimador cultural/político. Na primeira parte, tomando como marco a História da filosofia chinesa (1930), analisarei de que forma as obras pré-1949 de Feng estão imbuídas do espírito da Nova Cultura e buscam reagir às questões suscitadas pelo debate sobre reforma social de então. Na segunda parte, tomando como marco a História da Filosofia Chinesa – Nova edição (1982-1990), explicarei como a agenda da “filosofia chinesa” foi adaptada ao discurso revolucionário anterior à política de Abertura e Reforma. No epílogo, especularei sobre o legado de Feng Youlan no contexto do recente discurso de rejuvenescimento nacional, orientado por uma análise da doutrina das “Duas Integrações”, proposta em 2022 pela cúpula do Partido Comunista da China.
Dimitra Amarantidou
Universidade de Macau
Palestrante
Dimitra Amarantidou
Universidade de Macau
Dimitra Amarantidou nasceu e cresceu em Atenas, Grécia. Possui Bacharelado em Filologia Inglesa e Linguística pela Universidade de Atenas, Mestrado em Estudos da China pela Universidade de Nanjing e Doutorado em Filosofia Chinesa pela East China Normal University (ECNU). Ela lecionou filosofia chinesa e comparada para alunos chineses e não-chineses de graduação e pós-graduação na ECNU, na Universidade Normal de Xangai e em outras instituições, e atualmente é Instrutora Sênior de Filosofia na Universidade de Macau. Suas publicações incluem “The Irony of Confucius” (Philosophy Compass, 2022), “Irigaray and Confucius: A Collaborative Approach to (Feminist) Agency” (Journal of Chinese Philosophy, 2022), “Yi mi wei shi: si zhong dangdai xifang daojia shidu zhong de fanfeng yu diaogui” 以謎為匙:四種當代西方道家釋讀中的反諷與吊詭 [The Riddle As Key: Irony and Paradox in Four Contemporary Readings of Daoism] (Research into Daoist Culture, 2022), “Translative Trends in Three Modern Greek Renderings of the Daodejing” (Religions, 2023), entre outras. Trabalha tanto individualmente quanto em colaboração na tradução de obras filosóficas chinesas contemporâneas. É também Fellow do Centro de Aprendizagem Intercultural da ECNU e Editora da seção de Resenhas de Livros (China/Sudeste Asiático) para a Philosophy East and West.
A Promessa do Confucionismo: O que esperar dos ensinamentos de Kongzi no Lunyu
Nos últimos anos, há uma crescente conscientização de que o Confucionismo é uma fonte rica de insights aplicáveis a questões éticas, sociais e planetárias contemporâneas. Textos confucionistas clássicos, como o Lunyu 論語 (ou Analetos de Confúcio), são amplamente investigados por suas perspectivas sobre como lidar com situações que vão desde contratempos pessoais e disputas familiares até conflitos comunitários específicos e grandes desafios globais. Levar os ensinamentos do Lunyu a sério está, portanto, frequentemente atrelado à expectativa de obter certos resultados desejáveis (formas específicas de autoaperfeiçoamento, harmonia familiar e florescimento social), desde que indivíduos e sociedades se dediquem a um conjunto de compromissos morais. Em outras palavras, os ensinamentos de Kongzi são frequentemente percebidos como promessas — como proporcionando boas razões para se esperar um resultado positivo pré-concebido ou como garantias de que um resultado desejável predeterminado será alcançado em um futuro próximo ou distante.
Neste artigo, argumentarei que interpretar o Lunyu e compreender a proposta confucionista apenas como uma promessa voltada para o futuro é contraproducente para reconhecer o que distingue o Confucionismo de projetos religiosos e consequencialistas. Os ensinamentos de Kongzi são melhor apreciados como mais orientados para o presente e para o processo, preocupados em desvincular o trabalho de auto aperfeiçoamento das expectativas sobre benefícios pessoais e sociais específicos e mensuráveis (ou li 利). O Lunyu oferece ilustrações da boa vida como aquela focada no trabalho do aqui e agora, e em responder a uma realidade de mudança, diferença e potencial. A promessa do Confucionismo deve, portanto, ser entendida não como uma imagem monolítica de um futuro pessoal ou coletivo que antecede e ofusca os esforços humanos. O Confucionismo promete uma pluralidade de possibilidades disponíveis e emergentes no meio do “ampliar o Caminho” (hong dao 弘道) dos humanos no momento presente.
José Jorge de Carvalho
Universidade de Brasília
Palestrante
José Jorge de Carvalho
Universidade de Brasília
José Jorge de Carvalho – Professor Titular da Universidade de Brasília e Coordenador do Instituto de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa, do CNPq, com sede na UnB. É um dos formuladores da proposta de cotas para negros e indígenas, iniciada na UnB e logo ampliada para todas as universidades federais brasileiras. Coordena a rede nacional do projeto Encontro de Saberes, destinado a incluir os mestres e mestras dos povos e comunidades tradicionais (indígenas, afro-brasileiros, quilombolas, entre outros) como docentes nas universidades baseados exclusivamente em seus saberes da oralidade.
Tianxia e Cosmopolitismo na China, Cotas e Encontro de Saberes no Brasil: Duas Propostas Civilizatórias de Convivência
Dois movimentos políticos e intelectuais surgiram paralelamente na China e no Brasil no presente século XXI. Na China, Zhao Tingyang formulou o conceito milenar de Tianxia (Tudo sob o Céu) como um modelo contemporâneo de governança mundial sem fronteiras, isento de xenofobias e exclusões. E mais recentemente, Shuchen Xiang propôs o conceito de cosmopolitismo chinês também como outra marca civilizatória própria da China, colocando-o em franco contraponto à visão de mundo racista e hierárquica do mundo ocidental.
No Brasil, um movimento intelectual e político novo surgiu há duas décadas com a luta pelas cotas para negros e indígenas nas universidades, enfrentando séculos de colonização escravista e genocida contra os negros e os indígenas. Após as cotas, iniciamos um segundo movimento, o Encontro de Saberes, destinado a descolonizar o currículo acadêmico eurocêntrico ao trazer os mestres e mestras dos povos e comunidades tradicionais (indígenas, afro-brasileiros, quilombolas e dos demais povos e comunidades) para ensinar nas universidades com base nos seus saberes da oralidade e participar da construção coletiva de um novo modelo pluriepistêmico de instituição acadêmica.
As duas propostas, a chinesa e a brasileira, se distanciam do modelo ocidental imperialista e excludente, e se oferecem como duas alternativas civilizatórias à sua hegemonia global. Serão apresentadas convergências e diferenças entre os modelos chinês e brasileiro de convivência inclusiva e plural entre todos os povos e entre os saberes de todos os povos.
Qingjie James Wang
Universidade de Macau
Palestrante
Qingjie James Wang
Universidade de Macau
Qingjie James Wang é atualmente um professor distinto no Departamento de Filosofia e Estudos Religiosos da Universidade de Macau. Suas áreas de especialidade incluem a Filosofia de Heidegger, Hermenêutica, Filosofia Comparativa Oriente-Ocidente, Filosofia Chinesa e Metafísica Moral.
A Crítica de Heidegger à Concepção de Imaginação de Kant e uma Filosofia Chinesa de “Xiang” (象)
Heidegger interpretou a imaginação transcendental de Kant (Einbildungskraft) como “formar” em seu sentido ontológico-existencial original, em vez de meramente como “imagem” ou “imaginação” em seu sentido antropológico-epistemológico. Com base nessa interpretação, o ensaio explora um estudo hermenêutico da filosofia chinesa de “Xiang” (象/elefante-imagem), conforme aparece em textos clássicos chineses antigos, como o Grande Apêndice do Livro das Mutações.
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